sábado, 27 de dezembro de 2014

George Stinney

George Stinney Júnior, era um menino que vivia no estado da Carolina do Norte nos Estados Unidos e era negro.





Com 14 anos, foi preso e executado por supostamente ter assassinado duas meninas. Hoje, 70 anos depois, o rapaz (depois de estar morto há mais de meio século) é declarado inocente. 


George torna-se assim a pessoa mais jovem a ser condenada à morte nos Estados Unidos.


No dia 23 de Março de 1944, Betty June Binnicker de 11 anos e Maria Emma Thames de 8 anos, passeavam de bicicleta.



Quando passaram pela casa de Stinney, ele e a irmã Katherine estavam no jardim. As meninas pararam as bicicletas e perguntam aos irmãos se sabiam onde poderiam encontrar umas flores que elas procuravam. Flores da paixão para ser mais precisa.




Quando as meninas não retornaram a casa, grupos de busca foram organizados. Os corpos foram encontrados na manhã seguinte numa vala. Ambas com ferimentos graves na cabeça.



George foi detido horas depois. Supostamente, ele tinha sido o ultimo a ver as meninas com vida. Foi encerrado numa sala com vários oficiais, e sem nenhuma outra testemunha para além dos agentes.



Uma hora depois é anunciado que George tinha confessado o crime.


 Segundo a confissão, George tentou abusar sexualmente de Betty enquanto elas encontravam-se a recolher flores. 



A menina mais nova tentou proteger a amiga, o que levou George a ficar muito furioso, e daí, ter decidido matar ambas, golpeando-as na cabeça com um ferro, e lançar os seus corpos num buraco. 



A autopsia das crianças revelou que os seus crânios foram esmagados em 4 pedaços.  George é então acusado de homicídio em primeiro grau. 



O seu pai (o único que tinha emprego na família) é demitido do seu trabalho, na serraria local.


Foi apenas necessário 10 minutos para julgarem George no tribunal do condado de Clarendon. 


O júri, inteiramente composto de homens brancos, emitiu o veredito de culpado e a sua sentença. Morte na cadeira elétrica.


Sob as leis de Carolina do Norte todas as pessoas com idade superior a 14 anos, eram consideradas como adultas.



No entanto mais tarde verificou-se que a barra de ferro pesava mais de 9 quilos.  
É estupidamente improvável que George que pesava apenas 43 quilos, conseguisse erguer esse peso, e ainda, ter matado duas meninas.




A 16 de Junho, George caminha para a cadeira elétrica. Foi com a bíblia debaixo do braço. Quando se sentou,  uns dizem que usaram uma lista telefónica, outros contam que colocaram a própria bíblia de George. 



O obrigaram a sentar-se em cima da bíblia ou da lista. Isto porque Stinney, logicamente, era demasiado pequeno para alcançar o nível necessário.



Foi preciso 10 minutos para dar essa sentença, porém, foram necessário 70 anos para inocentar George. Foi a juíza Cármen Mullen que classificou o julgamento  como uma grande injustiça.



Mullen considerou que, Stinney não teve os seus direitos assegurados na formação do júri, totalmente integrado por pessoas brancas. 



O advogado que lhe foi concedido pouco ou nada fez para ajuda-lo (podia ter apelado após a sentença e nem sequer o fez), e que a sua confissão poderia ter sido coagida devido à sua triste posição.


 Uma criança de 14 anos, negro, e interrogado sabe se lá por quantos oficiais brancos, na sua cidade segregada.



O caso atormentou centenas de advogados de direitos civis que sempre apontaram à falta de provas e falhas no processo. 



A família sempre afirmou a sua inocência. Os companheiros de cela de George disseram que ele sempre negou o crime. 



E o seu álibi nunca foi sequer levado em conta. Neste caso, a própria irmã de George, Katherine que hoje tem 77 anos.


“Precisavam de alguém em quem culpar, e usaram o meu irmão como bode expiatório”



Afirma Katherine num canal televisivo americano.




A família pediu então um novo processo. A juíza ouviu o depoimento dos irmãos, de uma testemunha que tinha participado no grupo de busca aos corpos, e de uns especialistas que apontaram falhas no interrogatório. 



Um psiquiatra forense infantil afirma ainda que a confissão de George nunca deveria ter sido levada em conta.


Ou seja, estamos a falar de uma criança que vivia os dissabores da vida devido à sua cor de pele. Que ainda viveu o trauma de ter sido preso e interrogado (não sabemos em que circunstancias) por vários oficiais cheios de ódio. 


Foi preso e colocado ao lado de verdadeiros criminosos. Podemos imaginar os dias que George viveu? Sendo apenas uma criança? 




E os irmãos? Katherine conta que quando aquele bando de policias entraram em casa para deter George as pessoas na rua gritavam insultos (como muitos faziam várias vezes). 

Ela com medo, tendo apenas 8 anos, escondeu-se na arrecadação do jardim. Acredito plenamente que Katherine tenha ficado com sequelas graves de toda essa experiência.



E os pais? O pai de George quanto tempo demorou a encontrar trabalho? Ficou sem emprego por causa de um crime que o filho não cometeu. Imagina as necessidades económicas que uma família negra, e pais de um suposto assassino e violador possa ter passado?




E a dor de ter perdido um filho injustamente? Haverá dor maior no mundo do que perder um filho? Naquelas circunstancias? Falamos de coisas graves e dolorosas.


Esta noticia ocupou tempo de antena? Não. Eu soube de esta noticia através de um jornal ou dois.


 Na televisão é mais importante, educativo, e enriquecedor, falar sobre a Casa dos Segredos, ou de aqueles três, dos mil crimes diários, que são cometidos por pessoas de cor, imigrantes ou ciganos.




No entanto, já nada disto me surpreende. Na década dos anos 40 (não vai assim há tantos anos), os negros tinham os seus próprios bebedouros.





Tinham as suas próprias escolas, no entanto, muito mal geridas. Recebiam esmolas ao invés de receber o mesmo dinheiro que as outras escolas recebiam.


 Os brancos alegavam que eles já eram uns sortudos por terem direito à Educação. Pois pouco antes disso, eles estavam proibidos de aprender a ler e a escrever.


A cantora Bessie Smith sofreu um acidente de carro. A ambulância recorreu todos os hospitais do Missisipi em busca de uma transfusão de sangue, mas em nenhum deles foi lhe concedida a entrada. 


Os hospitais eram para brancos. Bessie acabou por falecer esvaziada em sangue dentro da ambulância.






Não podiam votar, nem sequer entrar nos cafés e restaurantes.

 Lembrei-me do meu pai quando ele me contava que quando ele era criança, na cidade de Lisboa, brincava com os seus amigos na rua, e quando eles entravam no café do bairro para ir comprar uma bola de berlim ele tinha de ficar na porta. 


Ele não tinha dinheiro para comprar uma bola de berlim para ele, mas queria entrar e sentir-se como os outros e fazer parte de essa naturalidade.



 Não podia, pois na porta tinha um cartaz onde dizia “Proibida a entrada a ciganos”.

 O meu pai tem 57 anos. Ou seja, não foi algo que aconteceu no tempo do Tutankamon.


As pessoas de cor foram então obrigadas a viverem segregadas em certas zonas da cidade. 


Tinham os seus próprios meios de transporte, as suas escolas, as suas padarias, os seus bebedouros, hotéis e tudo mais. Tudo isto para que o homem branco não fosse “contaminado”.



Em alguns condados e cidades, chegou-se aplicar uma lei em que proibia os negros a saírem de casa depois das 22h.


O que faz o homem branco a sentir-se superior?



Por mais que eu tente entender, ou procurar uma lógica, eu simplesmente não consigo.


É apenas uma pigmentação de pele... é só uma cor mais escura. Eu tenho amigos e primos tão escuros como se fossem negros.



Os negros tem a pele mais escura, porque descendem de países muito quentes. Então, o ciclo natural da vida, escureceu-lhes a pele para os proteger do calor e do sol ardente. 


O mesmo se aplica para os hindus e árabes que vivem nos desertos.


Os asiáticos tem os olhos mais rasgados porque as suas pálpebras carregam mais gordura que os olhos ocidentais. 


Isto porque nos seus países o frio é muito rigoroso e assim estão mais protegidos. Desta forma, o corpo humano, fabuloso como só ele é, evoluiu da melhor forma perante as circunstancias nas quais vivia. 




Temos culturas diferentes, sim, mas e que? Os brancos também tem as suas tradições e culturas, ou não?


Se formos a pensar bem, e se eu quisesse ser mázinha... digam-me... o que é que o branco tem para oferecer?


Haverá povo mais talentoso para as artes da música do que os negros? Aquelas vozes que só eles tem. Deles nasceu o Soul e o Jazz, o que deu entrada a vários outros estilos de música.






Já ouviram o retumbar dos tambores do povo do deserto? Nem falta cantar, só os tambores e batuques já arrepia.


Quem mais sente com todo o seu corpo a música ou as cordas de uma viola do que um cigano quando canta? 


O meu avô contava-me que os fadistas portugueses aprenderam a interpretar a música com ciganos.



Quem mais pode imitar as batucadas de um brasileiro?


Quem mais pode produzir salsa como os latinos fazem?


Quem mais pode imitar os ritmos indianos ou substituir a sua gastronomia incomparável?



Quem pode fazer jus ao Japão e aos seus samurais?



Quem mais pode apagar a magia dos árabes e da dança do ventre? Os ginásios estão cheios de “branquinhas” a querer aprender os nossos ritmos.



 A zumba, salsa, tango, flamenco, dança do ventre, samba, e mais. Não vejo os ginásios e academias a contratarem professores de pimba.



Até a cultura do planeta está em mãos de povos de diferentes culturas. Os egipcios e as suas pirâmides. Os Maias, os peruanos de Machu Picchu. 


Simplesmente considerados dos povos mais inteligentes do mundo. Porque fizeram tanto, ou mais, sem os recursos que nós hoje dispomos.




Mas vá, eu não vou ser mázinha, e não vou dizer o que acabei de dizer.



Por isso, para quem é Cristão e acredita que Deus criou o homem:


Deus não criou um branco de olhinhos azuis, um negro de olhos castanhos, um árabe muito moreno, um cigano barulhento, nem um asiático de olhos amendoados.


 Deus criou o homem. Ponto final. A evolução humana fez o resto.



Para quem acredita na ciência aplica-se a mesma coisa. O macaquinho não evoluiu e dividiu-se em cores, rasgos e culturas. Foi algo que surgiu naturalmente.



 No fundo, não tão fundo, não deixamos de ser todos seres humanos.


É importante fazer saliência que o racismo também parte das pessoas de cor ou de outras etnias.


Talvez porque ouviram estas histórias dos seus pais, talvez por más experiências também. 



Talvez porque são retardados. É um "vírus" comum.


Enfim, quando o racismo chega a este ponto, em que perdemos a nossa humanidade interior, nada justifica os pensamentos e ações cruéis dos quais temos sido testemunhas desde sempre.


 É um mal que deve de ser erradicado. 


A família de George nunca desejou o perdão.


“Há uma diferença. O perdão é dado por algo que foi feito.”



Disse Norma Robison. Sobrinha de George Stinney.



Tania.

George Stinney

George Stinney Junior era un niño que vivía en el estado de Carolina del Norte en los Estados Unidos, y era negro.



Con 14 años fue detenido y ejecutado por supuestamente haber asesinado a dos niñas.

Hoy, 70 años después, el pobre chico (después de llevar muerto más de medio siglo) es declarado inocente. George se convierte asi, en la persona más joven a ser condenada a pena de muerte en los Estados Unidos.


En el día 23 de Marzo de 1944, Betty June Bennicker de 11 años y Maria Emma Thames de 8 años paseaban de bicicleta.

Cuando pasaron por casa de Stinney, el y su hermana Katherine estaban en el jardín. Las niñas se detienen y preguntan a los dos hermanos si sabían donde podrían encontrar unas flores que ellas llevaban tiempo buscando. Flores de pasión para ser más exacta.


Cuando las niñas no volvieron a casa, varios grupos de búsqueda fueron organizados. Los cuerpos fueron encontrados en la mañana siguiente en una cuneta. Ambas con herimientos graves en la cabeza.


George fue detenido horas después, porque supuestamente había sido el, el ultimo en ver a las dos niñas con vida. Fue encerrado en una sala con varios agentes policiales y sin ningún otro testigo presente. 


Una hora después ,es anunciado que George había confesado el crimen. Según la confesión, George intentó abusar sexualmente de Betty, mientras ellas recogían flores. 

La niña menor intentó proteger a su amiga, lo que llevó a que George se enojara de tal manera que decidió matar a ambas, golpeándolas en la cabeza con un hierro, y lanzara sus cuerpos en un agujero. 


La autopista de las niñas reveló que sus cráneos fueron aplastados en 4 pedazos.


George es entonces acusado de homicidio en primer grado. Su padre (el único que tenia empleo) es despedido de su trabajo, la ferretería local.



Fue tan solo necesario 10 minutos para juzgar a George, en el tribunal del condado de Clarendon. El jurado, enteramente compuesto de hombres blancos, emitió el veredicto de culpable y su sentencia. Muerte en la silla eléctrica.


Ante las leyes de Carolina del Norte, todas las personas con edad superior a 14 años eran considerados como adultos.



Tiempo más tarde se verificó que el hierro (arma del crimen) pesaba más de 9 kilos. Es estúpidamente improbable que George, que solo pesaba 43 kilos, lograra levantar ese peso, y aun, haber matado a dos niñas.



Día 16 de Junio, George Stinney camina hasta la silla eléctrica. Dicen que con su biblia debajo del brazo. Cuando se sentó, unos dicen que utilizaron una lista telefónica, otros dicen que su propria biblia, para poder sentarse y quedarse al nivel necesario. Visto que Stinney era demasiado pequeño.



Fue necesario 10 minutos para dar esa sentencia, pero fue necesario 70 años para declarar a George como inocente. La jueza Carmen Mullen, fue quién clasificó el juicio como una gran injusticia. 



Mullen consideró que Stinney no tubo sus derechos asegurados en la formación del jurado, totalmente integrado por personas blancas. 



El abogado que le fue concedido poco o nada hizo, para ayudarle (podría haber recurrido tras la sentencia y no lo hizo), y que su confesión podría haber sido presionada debido a su triste posición.



 Un niño de 14 años, negro, y interrogado a saberse por cuantos oficiales blancos, en su ciudad segregada.


El caso atormentó a muchos abogados de los derechos civiles que siempre apuntaron a la falta de pruebas y fallos en el proceso. 



La familia siempre afirmó su inocencia. Los compañeros de celda de George siempre dijeron que el negaba constantemente el crimen. 



Y su testigo nunca fue siquiera llevado en cuenta, su propria hermana, Katherine que hoy tiene 77 años.



“Necesitaban a alguien a quién culpar. Utilizaron a mi hermano como un chivo expiatorio.”


Afirma Katherina en un canal televisivo americano.


La familia pidió entonces un nuevo proceso, la jueza escucha las declaraciones de los hermanos, de un testigo que había participado en el grupo de búsqueda a los cuerpos, y a unos especialistas que apuntaron fallas en el interrogatorio. 



Un siquiatra forense infantil, afirma que la confesión de George nunca habría de tener sido tomada en cuenta.


O sea, estamos hablando de un niño que vivía un mal sabor de boca por parte de la vida, debido a su color de piel. Que aun vivió el trauma de haber sido interrogado (no sabemos en que circunstancias) por varios policiales llenos de odio.



 Fue preso y colocado en compañía de verdaderos delincuentes.  Podemos imaginar esos días que George vivió? Siendo solamente un niño?



Y los hermanos? Katherine cuenta que cuando ese grupo de policías entraron en su casa para prender a Stinney, escuchaba las personas en la calle gritando insultos (como muchos siempre lo hacían). 



Ella con miedo, teniendo solamente 8 años, se escondió en el sótano.
Creo plenamente que Katherine se quedara con secuelas graves de toda esa experiencia.


Y los padres? El padre de George cuanto tiempo duró para encontrar un nuevo trabajo? Se quedo sin empleo a causa de un crimen que su hijo no había cometido. 


Que necesidades económicas pudo haber pasado una familia negra, sin trabajo, y padres de un supuesto asesino y violador?


Esta noticia tubo tiempo de antena? No. Yo me enteré de esta noticia a través de uno o dos periódicos. 



En la tele resulta ser más importante, educativo y enriquecedor hablar sobre Gran Hermano, o hablar de esos tres, de los miles de crímenes diarios, que son cometidos por personas de color, inmigrantes o gitanos.


Y el dolor de haber perdido a un hijo injustamente? Habrá dolor más grande en el mundo que perder un hijo? Y bajo esas circunstancias? Hablamos de cosas muy graves y dolorosas.


Aunque ya nada de esto me sorprenda. En la década de los años 40 (no hace así a tantos años), los negros tenían sus proprios bebederos.








Tenían sus proprios colegios, pero muy mal administrados. Recibían limosnas envés de recibir el mismo dinero que las otras escuelas obtenían. Los blancos afirmaban que ellos ya eran suertudos al tener derecho a la Educación, porque poco antes de esa época, los negros estaban prohibidos a aprender a leer y a escribir.



La cantora Bessie Smith sufrió un accidente de coche. La ambulancia recorrió todos los hospitales del Missisipi en busca de una transfusión de sangre. Pero en ninguno de los hospitales les fue concedida la entrada. Los hospitales era para blancos. Bessie acabó por morirse desangrada en la ambulancia.






No podían votar, ni siquiera entrar en los bares y restaurantes. 

Me acorde de mi padre cuando me contó que cuando era niño, el la ciudad de Lisboa, jugaba con sus amiguitos en la calle, y cuando ellos entraban en un café del barrio a por una bola de berlim (bollo tradicional portugués), el tenía que quedarse afuera.


El no tenía dinero para comprarse un bollo para el, pero le hacía ilusión poder entrar con sus amigos aunque fuera para hacerles compañía y no quedarse solo afuera. 


Sentirse como los demás. Pero no podía, porque en la puerta tenía un cartel en el cual decía “prohibida entrada a los gitanos”. 


Mi padre tiene 57 años, o sea, que no fue algo que pasó en el tiempo de Tuntankamon eh?




Las personas de color fueron entonces obligadas a vivir segregadas en ciertas zonas de la ciudad. Tenían sus proprios medios de transporte, sus restaurantes, sus cafés, sus hoteles, colegios, panaderías y todo lo demás.  Todo esto para que el blanco no fuera “contaminado”.


En algunos condados y ciudades llegó aplicarse una ley en que prohíbian a los negros salir de casa después de las 10 de la noche.


Que le hace sentir al hombre blanco superior?


Por más que yo intente entender... o buscar un motivo.. no logro entenderlo.


Es solamente una pigmentación de piel... es solo un color más oscuro...yo tengo amigos y primos tan oscuros como si fueran negros. 


Los negros tienen una piel más oscura porque descienden de países muy calientes. 


Entonces, el ciclo natural de la vida, les oscureció la piel, de modo a protegerlos del calor y del sol ardiente. Lo mismo se aplica a los hindúes y árabes que viven en los desiertos.



Los asiáticos tienen los ojos más rasgados porque sus parpados tienen más gordura que los ojos occidentales. 


Esto porque vienen de países muy fríos y sus ojos así están más protegidos, y de esta forma, el cuerpo humano, fabuloso como el lo es, evolucionó de la mejor manera ante las circunstancias en que vivía. 


Tenemos culturas diferentes, si y que pasa? Los blancos también tienen cultura y sus tradiciones, o no?


Si lo pensamos bien, y si yo quisiera ser “mala”... díganme... que es lo que el blanco tiene para ofrecer?


Habrá pueblo más talentoso para las artes de la música que el pueblo negro? Esas voces que solo ellos tienen. 



De ellos nació el Soul, el Jazz, y con esas músicas nacieron otras más.




Ya escucharon el retumbar de los tambores de los pueblos del desierto? Ni hace falta cantar. Solo esos sonidos ya provocan escalofríos.




Quién más siente con su cuerpo la música y las cuerdas de una guitarra como el gitano lo hace? Mi abuelo me contaba que los fadistas portugueses aprendieron mucho con los gitanos el saber interpretar la música.



Quien más puede imitar las batucadas de un brasileño?



Quien más puede producir la sala como los latinos?



Quien más puede imitar los ritmos hindúes y substituir su gastronomía incomparable?


Quien puede hacer justicia a Japón y a sus samurais?
Quien más puede apagar la magia de los árabes y la danza del vientre? 



Los gimnasios están llenos de “blanquitas” que quieren aprender a bailar nuestros ritmos. La zumba, el flamenco, el tango, la danza del vientre, el samba y otros más.



Hasta la cultura del planeta tierra está en manos de los pueblos que provenían de diferentes culturas. Los egipcios y sus misterios y pirámides, los peruanos de Machu Picchu, los Mayas. 



Simplemente considerados como de los pueblos más inteligentes que el mundo pudo tener. Porque hicieron tanto, o más, sin los recursos que hoy tenemos.




Pero va, yo no voy a ser mala, y decir lo que acabo de decir.


Por eso, para el que es cristiano, y cree que Dios creó al hombre: 



Dios no creó un blanquinto de ojitos azules, un negro de ojitos marrones, un árabe muy moreno, un asiático de ojos rasgados, ni a un gitano ruidoso. 



Dios creó al hombre. Punto final. La evolución humana hizo el resto.



Para aquel que cree en la ciencia se aplica
 la misma cosa. El monito no a evolucionado ni se dividió en colores, rasgos y culturas. Fue algo que surgió naturalmente.



En el fondo, no tan fondo, somos todos seres humanos.



Es importante hacer énfasis que el racismo también parte de personas de color y otras etnias.



Quizás porque escucharon estas historias, o las vivieron en su propria piel. Quizás simplemente sean personas gilipollas. Es un "virús" común. 



En fin, cuando el racismo llega a este punto, en que perdemos nuestra humanidad interior, nada justifica los pensamientos y acciones crueles que todos hemos sido testigos durante todo este tiempo. 



Es un mal que debe de ser erradicado.


La familia de George Stinney nunca quiso el perdón. 


“Hay  una diferencia. El perdón es dado por algo que se hizo.”



Dijo Norma Robison, sobrina de George.




Tania.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Aquele gordo/a que todos temos dentro de nós

Todos temos um gordo que vive dentro de nós, não concorda?

Para mim, comer, considero-o um dos melhores prazeres do mundo. Eu consigo comer sem fome. Só pelo prazer de comer algo bom e bem feito.

Morro de ódio daquelas pessoas que comem...comem.....comem...comem mais um bocadinho... voltam a comer...e não engordam. Eu tenho um primo assim. Agora não sei como andam os hábitos alimentares dele, mas ele antes de casar, comia ao pequeno almoço 3 canecas de café e 8 pães. Vestia um 38. Continua elegante.


Nós temos uma relação de amor/ódio com a comida. Tudo por causa do gordo que vive em nós.

O meu gordo é excêntrico, quis vir para fora. Já teve as suas fases de viver na escuridão, tenho esperanças de que ele volte para dentro, mas de momento ele está a viver a sua excentricidade no mundo exterior.

Dieta para mim significa tristeza, amargura. Eu sou a pessoas mais infeliz do mundo, a mais mal humorada  do planeta, quando estou a dieta. Para eu conseguir perder 3 quilos com uma dieta tenho de sofrer MUITO. Sou a típica pessoa que tudo lhe sabe bem. Eu como uma fatia de ananás e engordo um quilo e meio. Eu engordo só com cheirar a comida. 

Não vou mentir e ser aquele tipo de pessoas que diz:


“Ai, eu não como nada para ter este peso, me revolto credo, estou tão gorda/o”


Bitch plz shut up, estás gorda/o como um dinossauro pelo que comes. Comes muito, engordas. Simples.


Mas é lógico que existem aquelas pessoas com problemas de tiróide, com metabolismos lentos, retenção de líquidos, hipertensão, tudo isso são fatores que dificultam a perda peso. 

Eu só não tenho problemas de tiróide, de resto tenho isso tudo. Dificulta, sim, muito. Eu que o diga, mas não é impossível. Tanto que não é que eu já fui uma pessoa magra. Sofri muito mas consegui.


Até as pessoas que tem aquele forma física invejável lutam com o seu gordo interior. Ele fala contigo com aquele coro angelical de fundo:


Hum... olha aquela pizza...aquela mozzarela....a derreter lentamente na tua boca.....”

Oh... olha aquele M do Mcdonald’s a chamar por ti... que tom de amarelo tão bonito...aqueles nuget’s de frango ...”


“3 da manhã...depois de ver um filme o que é que sabe bem? Tu sabes...diz lá....aquele preguinho em pão...um medalhão de vaca...mal passado...temperado com sal grosso, orégãos e pimenta preta...grelhado lentamente com o fio de azeite e muitos alhos... tostas o pão....o queijo derrete em cima do bife quente... aquela camada de mostarda. Sim aquela mostarda de frasquinho que é cara. Não é aquela que a Calvé vende em pacote de plástico. Não... é aquela de frasquinho pequenino, com a qual sujas um molho de colheres.”


Omg... te repreendo espírito obeso!!!





(fiquei cheia de fome a escrever isto)


Mas é assim mesmo. Tanto as pessoas magras como as gordas sabem que eu tenho razão, é assim mesmo.
Eu tenho duas maneiras de agir perante isto:


     1.   “Tânia... és uma mulher...tens 29 anos...és nova...não sentes saudades de ser magra e vestir o 38?”


Não como, vou me deitar danada, não consigo dormir, babo a almofada toda, começa a doer-me a nuca, mudo de canal mil vezes, brigo com o Rui... sim...tudo isso por eu não ter comido o preguinho.


Ou então:


    2.    “Tânia...a vida são 2 dias.... é só hoje...começas a dieta na segunda feira”

E como o preguinho.


Todos os gordos começam as dietas à segunda-feira, não sei porque. Vemos a segunda feira como aquele dia que nos irá dar uma força interior, que tudo irá correr e acabar bem, é praticamente o inicio da semana, tudo vai ser diferente! ... na quarta feira à tarde já comes um rissol de carne.


Eu adoro comer. Penso que os ciganos tem uma relação de obsessão pela comida. Tudo anda à volta da comida.
As pessoas que não são ciganas trabalham pagam rendas, luz, água, tv cabo, comem, vestem-se, vão de férias, vão ao cinema, passam fins de semana fora...


Os ciganos compram comida, e prontos.
 Pagam a renda, pagam a luz, mas já não dá para a água, então vão fazer um acordo com a companhia e pagam às pretações. Não vão de férias, não passam fins de semana fora, o cigano vive ralado. E porque? Por causa da comida.


Podíamos comprar a mostarda do pacote de plástico. Mas não, compramos a mostarda do frasquinho. As pessoas usam os medalhões de vaca para almoçar e jantar, não é para lanches à noite. 

As pessoas normais, famílias de 4,5 pessoas compram 8 pãezinhos bem branquinhos, para o dia todo. Uma família cigana de 5,6 pessoas consomem por volta dos 30/35 pães diários. 

O comer é uma doença para nós. Lembro-me de quando eu fui a um congresso em Bruxelas. Pleno inverno. Houve várias apresentações e participações de convidados distintos. Mas chegou a um ponto em que nós, neste caso os meus queridos amigos, Bruno Gonçalves, Luís Romão e eu, começámos a ficar nervosos. A tremer. Era fome. Estávamos mesmo mal. Já nem ouvíamos as coisas em condições, e começámos a rir de tudo e de todos. Birras de fome mesmo.

Chega o momento esperado, vamos todos jantar. Cerca de mil ciganos dirigem-se às salas destinadas para as refeições. Vemos imensas travessas, mas havia tanto povo que tivemos de esperar pela nossa vez. 

Nunca me senti tão chique na minha vida. O hotel onde ficámos hospedados era dos hotéis mais antigos da Bélgica. Ou seja, tudo com aquela decoração vintage que adoro. 

Os empregados de smoking, caminhavam com as bandejas feito pinguins, todos muito elegantes.

Nós morrendo de fome com os pratinhos na mão sempre à espera de um buraco entre o povo para poder ir apanhar algo para comer.

Quando finalmente chega a nossa vez, encaramos com umas bandejas de prata e umas tostas com um paté em rosa choque...

Do outro lado mais tostas com um creme em verde alface...

Eu olhei para o meu lado esquerdo e vi uma cigana. O seu craché de identificação dizia que ela era da Grécia. No meu lado direito, estava um cigano. Olhei para identificação e vi que se chamava Éric. Era da Macedónia. 

Naquele momento não foi necessário falar, não se sentiu a tristeza de não podermos comunicar devido aos diferentes idiomas. Ficámos estupefactos com aquilo. Os nossos olhares se encontraram, e naquele momento os nossos olhos ciganos, disseram todos a mesma coisa:

"Que fome"

Decidimos então ir comer fora. Saímos do hotel e vimos no placard da rua que a temperatura marcava os 12 graus baixo zero. Um frio de morrer. Sai assim então um grupo de ciganos esfomeados em busca de um restaurante.

O frio fez-me realmente pensar duas vezes. Mas a fome falou mais alto.

- Romão, dá-me a mão.

- Olha esta, uma mão agora, que antiguidade.

- Romão, que morra o teu irmão, dá-me a mão. Não aguento o frio e não tenho luvas.

Encontrámos um Kebab. Entramos e vimos um batalhão de ciganos lá dentro. Não havia nem sequer mesas. 
Todos nos começámos a rir. Todos tomámos a mesma atitude. Cigano é cigano seja do país que for.

Como podemos ver, o comer é como um sofrimento para o cigano porque o dinheiro dele acaba todo no Continente e no Pingo Doce. Diria que a maior parte das discussões é por causa de dinheiro.

Para um cigano ir de férias... ui...... saiu-lhe o Euromilhões e ninguém sabe.
As pessoas que não são ciganas estão a trabalhar e estão concentradas nisso.  

Não estão minimamente raladas com o jantar de logo à noite. Já deixaram a descongelar na cozinha 500 gramas de frango para o jantar. Eu fico ougada com isto. Eu queria esta paz para a minha vida também.


Um cigano está na feira ou no seu local de trabalho e está a pensar:


 “Tenho de ir ao Pingo Doce buscar 2 Kilos de bifes... faço com arroz.. uma salada...prontos...é o que se arranja. Mas não há iogurtes.. oh pai... ralação...e leite.. também preciso de leite.”


Eu admiro quem saiba comer. Porque quem sabe comer, geralmente sabe cozinhar.
Eu adoro comer, por isso não é para me gabar, mas sou uma excelente cozinheira. Não é que faça muitos pratos, mas os que faço, faço muito bem.

E porque? Porque eu cozinho com calma, lume brando, sem pressa, e com muitos condimentos. Sal, pimenta, alhos, alho em pó, noz moscada, coentros, cominhos, paprika, louro, orégãos, manjericão humm nham nham. 

Eu falo com a comida e faço-lhe miminhos enquanto cozinho. Eu tiro a lasanha do forno e falo com ela:


Oi oi oi que minita... quem é a lasanha mais minita do mundo quem é quem é? Pois éeééééé es tu sim senhoriiiii”












O comer tem de sair bom à força.

Mil euros para gastar no shopping ou mil euros para gastar no super mercado?
Há duvidas? Pegava nos mil euros e ia a correr para o super mercado do El Corte Inglês.


Eu ando nos corredores do super mercado como uma criança anda no Toysuru’s. Tal e qual.

Estou no talho e não vejo apenas carne. Eu vejo os bifes com cogumelos, vejo strogonof, vejo rolo de carne recheado e assado, vejo cordon blue...





Estou na peixaria e vejo pargo assado, arroz de tamboril, paelha...

No corredor das massas vejo caril com arroz, massa bolanhesa...carbonara...

Vejo a Cerelac e imagino-me já a fazê la com leite, bem grossa, e deixar alguns gruminhos por desfazer.

Eu vejo o sinal do Burguer King e fico com olhos de adolescente apaixonada. 



Isto é paixão pela comida.


Irritam-me aquelas pessoas que comem por comer. Só pela necessidade.

 Estamos num restaurante. A comida chega e eu já peço o sal sem provar. Não vale a pena provar, já sei que está insonso. Sente-se no cheiro.


Eu ponho o sal, provo a sopa e observo as pessoas e mesas do lado.


Oh esta sopuinha tá tão boa, ai meu Deus, que riqueza, que marabuilha”


Maravilha?....esta sopa sabe a folhas A4!!



Pessoas que não tem qualquer sentido do que é boa cozinha, e que não possuem nenhum palato.

Por isso, quando é para falar de cozinha, gosto de falar com alguém que me entenda.  Podemos falar de politica, de algum escândalo que tenha ocorrido, de problemas, de cinema, de futebol etc. Mas há sempre aquele momento em que falamos de comida. Nos ciganos é inevitável não falar sobre este assunto.


Uma vez, um projeto convidou-me para dar umas palavras a um grupo de pessoas da Câmara e entre outras.
As responsáveis do evento vieram buscar-me à estação, e como cheguei cedo decidimos ir almoçar juntas. Éramos 4 pessoas.


Eu pedi sopa de legumes, vitela assada com direito às minhas batatas assadas, arroz e legumes salteados. Para sobremesa pedi salada de frutas. No fim, bebi o meu café acompanhado de um pequeno chocolate, que o restaurante simpaticamente ofereceu.

Nisto, vejo que as 3 mulheres que estavam comigo  pedem uma sopa também (não puseram sal).

Para beber pediram um chá... sim... um chá. Uma pediu chá de camomila e as outras pediram de jasmim. E lá estavam elas todas contentes a beberem o seu cházinho enquanto comiam a sopa. E eu tansa olhando para elas.




Depois da sopa pediram uma salada. Uma salada vulgar, de alface, tomate cebola e azeite.

Para sobremesa uma pediu uma laranja e as outras duas comeram uma maçã assada.


Senti-me o monstro das bolachas.



Que foi meus amores? Ah? Que se passa com vocês?.... problemas em casa é? Porque não comem? Porque esse chá?...deve estar aí tudo a boiar. Salada e maça assada? Mais nada?”


Oh Tânia mas nós comemos tanto! E estava tudo tão bom!”













Tanto?... se o que comeram foi muito, o que ficaram a pensar de mim?


Jamais me entenderia com este tipo de pessoas. A nível gastronómico claro.



Há pouco tempo, estava a minha família e eu no cemitério, para visitar os nossos entes queridos. Toda a família estava reunida, e na verdade, bem triste. Como já referi antes, o meu tio partiu recentemente o que nos deixou muito abalados.


Houve um momento em que os choros e prantos acalmaram e um silencio se fez presente.

No meio desse silencio, ainda com os olhos avermelhados de chorar, o meu primo Rum Rum (é uma alcunha) rompe o silencio e diz-me assim:


Ontem fiz um prego no pão, com sal grosso...estava mel... um terror.”


Assoámos o nariz e começámos todos a falar sobre o que iríamos fazer para jantar.
Tal como disse, é inevitável.


Eu sou uma pessoa insuportável com fome. Com fome e calor.
Eu não sou eu quando tenho calor, ou fome.

E por favor, ninguém fale comigo se eu estiver em jejum. Não é que seja, ou queira, ser mal educada, eu simplesmente não quero responder até eu não estar sentada à mesa a levar com o vapor do café. O que é que uma pessoa tem de interessante para falar em jejum? Nada.



Quando ia a formações de trabalho, lá tinha que falar com as pessoas em jejum, mas em modo automático. Era como se não estivesse lá.

Vamos tratar bem dos nossos gordos interiores. Eles também merecem ser felizes.
Os gordos excêntricos, devemos ter algo de controle sobre eles, é a nossa saúde que está em jogo.

Mas aqueles gordos tímidos e inocentes que só querem pão e que vivem no nosso interior, deixem-os  ser felizes de vez em quando. 



Tânia.